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Intro
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Um texto
05:28
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Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto.
Quando se fala, fala-se sobre o nada que apaga o vazio, sobre a alma, tempo que sobra, a diferença entre arte e obra, estilo e moda a arte está morta, artista engorda, dispara à sorte, arma torta. Falhado não acerta em ninguém, peca pela falha pela forma e eu desisto
Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto.
Quando sinto só sinto pouco, sozinho caminho, oco. Um ser vencido sem sentido e sem forma, um ser destruído sem história, sem sentido e sem falhas.
Eu sinto que ainda disse nada, nada nos meus pensamentos a ideia de que nada do que disse transmite nada do que quero.
Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto.
Não se fala, não se falam, falha a comunicação, rasgo o caderno e ouço o Mundo.
Vejo um muro escuro, preto e fundo, preto e tudo, preto o fumo, entro e furo não assumo.
Não acuso, não insisto, simplesmente sinto que não vou acrescentar nada a esta conversa...
Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto.
Não sinto nem sinto pouco, caminho sozinho torto ( Dá-me um desconto ), nunca pensei tar a mijar neste poema, neste bosque, nesta altura, nesta noite ( Eu depois conto ) ...
Talvez já tenha dito tudo, tudo me indica, tudo o que tenho dito, transmite tudo o que eu e queria.
[Poema]
Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto.
( e não é desculpa o facto de eu ter tocado nos pés de Cristo, para este nojo de escrita )
Escrevo, temo, apelo-me à sensibilidade e fico confuso, eu sinto com tudo.
Eu sinto contudo que ainda não disse nada...
Quando simplesmente falei sobre o quão quente pode ficar um cigarro apagado, o quão chato pode ficar um pensamento encravado, ele, aceso, luta por sair, apagado não luta e ganha.
O cigarro ao ser fumado, pensa sobre chamas porque é que está sozinho, mas ele não está sozinho, pedaços de si voam por toda a parte.
Contudo eu sinto que ainda não disse nada...
Isto é um texto sobre nada e sobre tudo. Peca pela falha, pela forma e eu desisto, e mais que isto é Jesus Cristo, que nunca leu este texto, nem consta que tivesse biblioteca. O conjunto de sinapses que cria esta imagem,
seca o que faz disto uma escrita vaga, apaga qualquer racionalização intelectual ou nem isso.
E eu não digo nada!
O conteúdo não passa de um cortejo sonoro de um sem abrigo vestido a veludo e seda, com queda para a ficção e para a narrativa azeda, com um vinho de copo na mão o vagabundo diz: eu pouco menos sei, sei do que assumo, dá-me outro copo de vinho; eu duro...
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3. |
Estrada
04:25
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Uso palavras e explico o que sinto neste momento , o vocabulário não é suficiente
Uma maquina do tempo pode mostrar tudo o que fiz,
o que quis, o que tento são i´s sem fins pontos sem traços
que deixam a dúvida pairar ao relento.
As brisas do presente levam-me e agora sei que escrevem o caminho contornando quaisquer pedras que apareção
A vida não é feita de contornos, quando
Relâmpagos caem sobre mim nesta altura de chuva e vento, e as portas fecham-se e as montanhas desabam.
a neve aglomera-se e quase me congela...
depois disto estou vivo e sinto-me renascido por dentro.
Apesar de tudo que aconteceu, surgi, vivi, apareci
de alma limpa
com a avidez necessária para chegar ao abismo
e não cair do precipício.
Linhas traçadas sem datas marcadas
peças de teatro genuinamente interpretadas
são as marcas de um vida recheada
de longos momentos de largas caminhadas
Agora reflito nunca sinto que é suficiente
Só me arrependo daquilo que ainda não fiz
Quero ver o mundo e assaltar o tempo
E nunca ter feito aquilo que não quis
Linhas traçadas com datas marcadas
Assim foi a vida que escolhi
relembradas por toda a ninhada
coloridas por tudo o que eu vi
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4. |
Creio e Crio
05:23
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Eu creio e crio, nem sequer quero passar uma mensagem, quero criar e querer como quem não tem restrições estimuladas.
Águas não bebidas mas não têm de ser bebidas, eu não preciso de ser ouvido só preciso d´hidratar a fonte com comida,
"noites a navegar nestas águas perdidas"...
demasiado poético, eu gosto da literalidade sou estético experiente e nem sequer faço por isso.
Quantos tentam de mais antes de alicerçar o ser, impressionar os pais é a sua razão de viver,
destas almas escondidas, atrás do corpo que finge sentir, e o corpo que fiz sentir sou eu e...
eu não posso fazer julgamentos, peco, quando revelo os meus sentimentos.
É mentira, sim, sou mentiroso... num poço !
Caiu e viro a página trágica aterro numa prática real e mágica página onde tudo acontece à parte inacreditável é
rápida o que a mudança dá e na realidade acontece, sonho vivido, se ela não esquece, mas esqueceu, talvez não sei,
mas comeu, pois bem eu sei, como comer momentos, e sonhá-los, vivê-los, defecá-los, sofremos, sofro,
à procura daquele conforto sem sede de palavras, palavras essas que não quero crer nem cria-las.
Imagens, sinto, creio, verde, tudo, crio, livro, tu, história, histórias, livre, eu, folhas, ondas, Serra, paz, tinta, caneta, raiz, Sintra, prosa, rosa, árvore, corpo, sinto, finjo, pinto, pouco, poço, troço, sofremos, sofro.
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